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segunda-feira, 24 de março de 2014

» Estresse, depressão, ansiedade, drogas, álcool e a desmotivação laboral

Isac Cesar

Segundo a OMS, a depressão será a doença mais comum do mundo em 2030, passando o câncer e doenças cardíacas e segundo várias entidades os países pobres sofrem mais do problema que os países ricos.

Os problemas psicossomáticos atingem cada vez mais os trabalhadores brasileiros. Os afastamentos por estes motivos são percebidos com maior preocupação pela gestão de pessoas das empresas. Ao longo de três anos de entrevistas de acompanhamento e desligamento, pude perceber que as drogas na construção civil são as grandes vilãs nos altos índices de absenteísmo. Faltas, atestados médicos de comparecimento ambulatorial com frequência, diversificando os locais de atendimento, faltas injustificadas, saídas antecipadas e atrasos injustificados frequentes são “sintomas” comuns aos trabalhadores com problemas envolvendo drogas tanto lícitas quanto ilícitas. È muito difícil lidar com estes problemas, tamanha a força destrutiva das drogas, tanto no trabalhador quanto na família que acaba se transformando de um “porto seguro” a uma vítima direta dessa força maligna das drogas. A depressão e outros problemas psicossomáticos entram em conjunto com esse domínio das drogas aumentando ainda mais a problemática dos afastamentos de funcionários nas empresas. O estresse é ponto de partida para vários outros problemas.

Não é fácil, mas as empresas, mais do que em outros tempos, tem que manter em seu quadro de pessoal, especialistas em com experiência em gestão de pessoas. Temos que prever que um candidato a uma vaga tem problemas com drogas, existem vários indícios que podem ser percebidos em uma entrevista, no comportamento e também em seu histórico profissional. Não é uma matemática eu sei, mas com a técnica certa e experiência as chances são grandes de se perceber e não contratá-lo, evitando assim um previsto problema.

Ao falarmos de funcionários da empresa, o assunto se torna mais delicado, pois precisamos acompanhá-los constantemente em conjunto com RH e ambulatório médico e quando necessário, uma conversa com a chefia imediata se torna importante.

No Brasil, a depressão já é a terceira causa de afastamento de trabalho, segundo a Previdência Social. No ano passado, foram concedidos no País 12.818 auxílios-doença por transtornos mentais. Todos estes problemas têm tratamento, mas a taxa de recuperação ainda é muito baixa e em contrapartida as doenças aumentam a força e o número de vítimas. Por parte das empresas não há muito que fazer, já que o Estado, principal responsável pelas políticas públicas é omisso. O que as empresas podem e devem fazer é selecionar seus funcionários, desenvolver políticas de qualidade de vida e responsabilidade social adequada, um plano de carreira de acordo com a subjetividade de cada um e ajudar no tratamento daqueles que se encontram vitimados pelos malefícios psicossomáticos incentivando os tratamentos psicológicos e psiquiátricos tratamentos caros e prolongados na maioria dos casos.

Em Teresópolis, a secretária de Educação Magali Tayt-Sohn criou um programa para ajudar profissionais com problema, depois de receber cerca de 400 pedidos de licença por mês. No Rio, o Instituto Nacional de Cardiologia comprovou que a depressão tem forte ligação com outras doenças, como as coronarianas. Dos 98 pacientes analisados, na média de 60 anos, 72 tinham depressão. A maioria era do sexo feminino. Em abril do ano passado, a Agência Nacional de Saúde (ANS) determinou que os planos de saúde cobrissem 12 sessões de psicoterapia por ano.

Outro dado que chama atenção é a falta de diagnóstico. Estima-se que cerca de 30% a 50% dos pacientes com depressão não são diagnosticados. A reincidência da doença também deve ser levada em conta. Aproximadamente 80% dos indivíduos que receberam tratamento para um episódio depressivo terão, pelo menos, outra crise ao longo de suas vidas. A duração média de cada episódio é entre 16 e 20 semanas. Mas caso esse prazo seja maior é importante ficar atento, pois 12% dos pacientes têm um curso crônico sem remissão dos sintomas. Independentemente do grau, a depressão é uma doença que requer acompanhamento médico e psicológico. O psiquiatra é o profissional médico mais habilitado para o diagnóstico e tratamento da moléstia.

Com a insegurança social, estresse, medo instabilidades econômicas e políticas, as empresas precisam saber que são organismos que para se manter saudáveis, precisão cuidar de cada um de seus membros para que sua produtividade e sua vida não sejam afetadas.

Fonte: Administradores.com.br
Link: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/estresse-depressao-ansiedade-drogas-alcool-e-a-desmotivacao-laboral/76299/

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